“Nenhum homem de dons elevados se agrada com algo
inferior ou medíocre. Uma visão de grande conquista o chama e o faz erguer-se.”
Sêneca – citada em The Stoic Art of Living
"O herói é o homem da submissão autoconquistada" Joseph Campbell - O Herói de Mil Faces
O ano de 2012
parece ser dos quadrinhos e de seus fãs. Na próxima semana o tão esperado The Avengers estréia, mas nos próximos
meses outros heróis nos aguardam: BatmanThe Dark Knight Rises e, ano que vem, The Man of Steel. São personagens
diferentes, com histórias diferentes e personalidades distintas, mas algo que
todos podem notar é que os heróis – ou melhor, super-heróis – sempre parecem
estar agindo motivados por ideais superiores como o bem e a justiça. Com todos
esses filmes vindo por aí, me veio à cabeça que haveria algum ou vários motivos
específicos que fizessem com que sujeitos super-poderosos resolvessem lutar por
causas morais superiores. No nosso mundo, especialmente em nossa época, está
meio difícil encararmos com naturalidade iniciativas desse tipo, já que é
frequente as notícias de corrupção na política, isto é, no meio de pessoas que
possuem determinado poder e que usam-no egoistamente. Por que deveríamos
acreditar, afinal, que alguém como o Super-Homem, por exemplo, faria o bem? Por
que o poder não o corrompeu? Ao mesmo tempo poderíamos refletir e concluir que –
como alguns de fato fazem – pessoas – mesmo fictícias – como Clark Kent, não
podem ser heróis, tão pouco super-heróis, justamente por serem super-poderosas.
Então, será que realmente existem razões para chamar essas pessoas de heróis?