sábado, 29 de março de 2014

Elucubrações sobre as técnicas interpretativas de psicanalistas, xamãs e oráculos - De Matrix à Delfos


Há momentos na vida em que devemos recusar um desafio, geralmente quando o resultado é demasiadamente óbvio por já termos experienciado coisas parecidas antes e visto que não foi proveitoso para nós. Isso vale para lugares e mesmo assuntos. Em relação ao segundo, posso dizer que comecei a evitar leituras psicanalíticas assim que comecei a ver o tema na faculdade (sim, eu estudo psicologia). Me pareceu por demais não apenas não-científico (o que não é um problema em si), mas principalmente pseudocientífico (apesar de Freud ter tido intenções bem positivistas e mecanicistas ao começar a desenvolver a área), o que necessariamente é algo que já de primeira deveria desqualificar determinada empreitada.

O mesmo serviria para os demais psicanalistas que romperam com a escola freudiana, como Jung. Em relação a este, sobre o qual nunca tinha lido nada nem na faculdade nem fora dela, minhas expectativas só pioraram, graças à disciplina de Metodologia Científica. Era ministrada por uma professora simpática, mas que insistia em não dar metodologia científica – ou melhor, teimava em dar o que ela entendia como tal.