sábado, 25 de maio de 2013

A discussão sobre o DSM continua: mas será que as críticas estão, todas as vezes, corretas?


Depois que escrevi um texto criticando o artigo da Eliane Brum, muitos comentários surgiram, principalmente no facebook. Eles foram bem relevantes pois só me fizeram constatar algo que já percebia há tempos: as pessoas das áreas de Humanas não entendem bem como funcionam outras áreas. E, em parte, isso não é culpa exclusiva dos alunos, mas de todo um sistema que sustenta uma guerrinha besta entre os “biologizantes e os humanistas”, como se meio ambiente, organismo e comportamento estivessem desconectados. Inclusive, já abordei temas relacionados a isso por aqui

Os alunos e o público em geral não compreendem bem a relação entre biologia, comportamento, mente, cérebro, psicologia, subjetividade, ambiente, cultura, sociedade e etc. Na teoria, eles (galera de Humanas) dizem que todos esses elementos nos atravessam, resultando no que somos, mas na prática, vá numa sala de aula tentar explicar humildemente o aspecto biológico de dado comportamento. Virá uma avalanche de adjetivos como reducionista, determinista, biologizante e etc. Mas se você menciona influências sociais, aí é aplaudido; não precisa nem dizer que outroas esferas interferem na questão, só o social os satisfaz (Leia Inato x Aprendido 1 e 2).

terça-feira, 21 de maio de 2013

O DSM não é tão vilão assim

A Eliane Brum é uma ótima articulista - de acordo com minha opinião "colifórmica" que provavelmente não é muito qualificada para julgá-la - mas acho que quando ela e outros resolvem criticar o DSM o que vem é uma "chuvarada" de senso comum e precipitações. Sim, esse novo DSM (o manual que contém todos os transtornos psiquiátricos catalogados até então) contém muito mais transtornos, de forma que facilmente o leitor desavisado pode ler e já ir se encaixando em algum perfil lá dentro. Mas o que isso significa? A resposta se entrelaça com a própria intenção por trás do DSM: o manual existe para que os psiquiatras do mundo todo possam agir uniformemente à respeito de diagnósticos e tratamentos. É uma mera formalidade necessária se não quisermos criar uma clínica extremamente subjetiva em que vale tudo em termos de tratamentos, teorizações e etc e que ao mesmo tempo, por tanta diversidade, não se chega a lugar algum nem prática nem teoricamente. O manual não serve para que compre cada cidadão o seu exemplar e saia por aí se diagnosticando, como se fosse um horóscopo do jornal de domingo.

domingo, 5 de maio de 2013

Iron Man 3: Foi bom ou não?



É a primeira vez que opino publicamente por aqui sobre algum filme de herói. Sou fã incondicional de quadrinhos, daqueles que vai ao cinema prestigiar a adaptação mesmo sabendo que pode vir uma bomba pela frente – como veio nos dois filmes do Motoqueiro Fantasma.

Por que resolvi fazer isso só agora? Não sei ao certo. Uma das minhas hipóteses é que eu fiquei tão estupefato com os últimos filmes da Marvel e da DC, que me senti até inibido ou bloqueado para escrever algo. Mas, bom, isso é sobre porque eu não tinha escrito antes, mas não responde por qual motivo fiz agora. Defendo a ideia de que Homem de Ferro 3 foi um filme empolgante – seria impossível não ser com o Robert Downey Jr. – mas que teve falhas e excessos que me fizeram respirar e analisar a coisa um pouco longe do calor escandante de “marveteiro”.