sábado, 25 de agosto de 2012

A ignorância que nos leva às respostas


Nas pequenas e nas grandes coisas da vida cotidiana, ao me relacionar com as pessoas, percebo que a maioria delas tem um enorme temor em relação ao saber. Mas nem sempre esse temor vem do fato de que elas tem preguiça de aprender, ou acham que o conhecimento sobre determinada coisa (atualmente existe a tendência deachar que a única forma de conhecimento importante é aquela que promoveferramentas para a vida profissional) é desinteressante, mas do pensamento de que são incapazes de compreender os conhecimentos em toda sua complexidade. Claro, estou falando especificamente do conhecimento científico – tanto da área de humanas quanto das naturais e físicas – que atualmente é aquele que predomina na investigação do Universo como um todo. Pode parecer otimismo da minha parte, mas essas pessoas não tem motivos para permanecerem temorosas. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como o mundo virou o palco dos extrovertidos?


Um homem tímido sem dúvida teme a atenção de estranhos, 
mas dificilmente pode-se dizer que tem medo deles. 
Ele pode ser ousado como um herói na batalha e mesmo assim não ter 
autoconfiança em relação a um herói na 
batalha e mesmo assim não ter autoconfiança em relação
 a frivolidades na presença de estranhos.
- Charles Darwin

Belíssima frase do gênio Charles Darwin. Me identifico com ela tremendamente, e acho que isso acontece com muitas pessoas hoje, que é um tempo em que a extroversão é o traço de personalidade cobiçado. Os quietos – introvertidos – parecem ter perdido seu lugar, ou melhor, parecem ter seu lugar apenas nos cantos escuros da estranheza. Tente começar um papo mais reflexivo e demorado num grupo de amigos, em qualquer ocasião, e na maioria das vezes a resposta será algo como: “Caraca, isso é hora de pensar sobre isso?”. Bom, eu devolveria, mentalmente, a questão: “E quando é que vc se sente preparado para falar desse tipo de assunto? Porque parece viver só para baladinhas, álcool, futebol e fofocas de celebridades...”. Ou, ainda, experimente se comportar de forma mais reservada numa festa: será logo acusado de “lerdeza”. 

Certamente cada um de nós pode ser analisado em busca do motivo pelo qual nos tornamos – eu não – tão superficiais, mas um outro plano de análise nos oferece essas razões sob um panorama geral, mais social. Susan Cain, a autora do ótimo livro O Poder dos Quietos  nos oferece explicações sobre essas duas esferas. Certamente tenho muito o que falar desse assunto, afinal, sou um introvertido nato que vez ou outra se indigna com um mundo regido pela extroversão ditatorial. No entanto, neste post tentarei traçar as possíveis causas socio-culturais dessa tendência atual. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Saucer Country, HQs Vertigo e tudo o mais


Nunca prestei muita atenção nos quadrinhos da Vertigo. Mas desde sempre, só olhando capas e títulos, me pareceram ser quadrinhos densos e profundos, de temas mais adultos mesmo. 

Ganhei de aniversário em junho um encardenado muito bonito graficamente: Vampiro Americano. A história é escrita pelo renomado autor de terror, Stephen King, que parece emprestar seu toque sanguinolento e pesado ao já famigerado gênero de histórias vampirescas, que hoje mais parecem ursinhos carinhosos incompreendidos do que mortos-vivos sedentos por sangue fresco (e humano). Ainda não comecei a ler, mas pelas folheadas que dei, parece ser uma obra e tanto. Isso me fez aguçar meu olhar para a Vertigo

 Esses dias na internet me deparei com a série intitulada Saucer Country. A capa era intrigante: uma mulher – parecendo uma política fazendo um discurso e logo atrás, na escuridão, silhuetas que lembram seres extra-terrestres. Para mim que adora o tema, foi um prato cheio. 

sábado, 4 de agosto de 2012

Em Busca da Memória


Em Busca da Memória é um livro que, como o título sugere, na minha percepção, trata a evolução do conhecimento científico de uma forma dinâmica, detalhada e interessante, fazendo com que o livro (que é bem grande) seja lido num ritmo frenético como se fosse um dos eletrizantes suspenses de Dan Brown. Essa foi a primeira e mais resumida impressão que tive desse maravilhoso e instigante livro que veio parar em minhas mãos depois de uma série de coincidências. 

O autor é o neurocientista Eric Kandel, um austríaco e judeu laico (como Einstein e Freud, por exemplo).A primeira vez que ouvi falar nesse nome foi quando uma amiga minha veio me contar sobre uma entrevista que ele tinha dado na Globo News, em que falara de sua vida de pesquisador e das descobertas revolucionárias no ramo da memória