segunda-feira, 30 de julho de 2012

Batman e o poder da promessa


No post anterior sobre o Batman, falei sobre sua motivação para ter dedicado toda sua vida, desde criança, em torna-se um herói e combater a criminalidade em Gotham e além. Com alguma dose de reflexão, mostrei que ele pode mais ser classificado como alguém que pune os bandidos do que alguém que simplesmente está atrás de uma vingança pessoal, alguém que ainda, no fundo corre atrás do assassino de seus pais. No entanto, acho que, na mesma linha do que Randall M. Jensen disse num capítulo do livro Batman e a Filosofia, o simples desejo de punir não é suficiente para Batman fazer o que faz. O que será esse componente a mais, então? 

sábado, 28 de julho de 2012

Batman - Quando o porquê precede o como


Por que escrever um texto sobre Batman? Simples (ou não), acredito que Batman seja o personagem – ou, pelo menos, um dos do topo da lista – fictício dos quadrinhos mais complexo que existe. A maioria dos heróis tem sua saga iniciada com um evento extraordinário e incomum, como uma picada de uma aranha geneticamente modificada, a luta por direitos iguais por ter nascido mutante, o ganho de poderes devido à exposição a uma tempestade de raios cósmicos e etc. Ainda poderíamos acrescentar o fato de que nenhuma dessas habilidades sobre-humanas conferiu o status de herói a nenhum deles. Na maioria das vezes, o que deu cabo disso foi um evento que os despertou para a responsabilidade que tinham perante o mundo por conta de suas habilidades especiais – como a morte do tio Ben, no caso do Homem Aranha (clique aqui e aqui para ler os posts sobre o herói aracnídeo). Mas com o Homem Morcego as coisas não aconteceram dessa maneira. A sua história começa com uma inversão fundamental das histórias de super heróis, em que o porquê precede o como

sábado, 14 de julho de 2012

Promovendo a alfabetização científica


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Feynman
Vivemos num mundo onde, genericamente, o nível de alfabetização científica é ínfimo. E isso aumenta mais ainda quando vamos analisar países em específico; e infelizmente o Brasil é um desses países.

Mas - correndo o risco de ser um tanto quanto complacente com nosso povo - arrisco dizer que parte desse mal nacional é causado pela má alfabetização num modo geral. Não sei exatamente se é um problema dos professores, da sociedade como um todo ou dos alunos - de fato, o problema pode situar-se em cada uma dessas esferas, já que estão em constante diálogo - mas eu percebo que desde pequenas as crianças começam já a se dividir em dois tipos de "aprendedoras".

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Homem Aranha em: Entenda por que os heróis tem que ser odiados


X-51 pergunta ao Observador: Eu não entendo por que eles são odiados por serem bons.
Observador: Eles são odiados por terem o que outros não tem: poder, distinção, propósito.
-Terra X - 00

No último post sobre o Homem Aranha, tentei especular filosoficamente sobre o que faria com que alguém com super-poderes não se tornasse um Hitler – ou um Duende Verde - , escolhendo servir ao bem de todos, muitas vezes em troca de apuros na vida pessoal e até ataques pessoais às suas melhores ações. Agora, acho que vale a pena elucubrar sobre, especificamente, o que faz com que as pessoas tripudiem e recriminem o herói, quando suas intenções – e ações – são sempre as melhores. Isso não é muito injusto e incoerente? 

Em Deveria o Homem Aranha ser um herói? citei o conteúdo do diálogo entre Sócrates e Glauco, compilado por Platão, seu discípulo. Seu mestre acreditava que seguir a Justiça era o destino que nos guiava até a felicidade, em detrimento dos bens materiais e fama. No entanto, Glauco alegava que essa visão não refletia a realidade e, inclusive, quem ousasse abdicar da fama e da riqueza, em prol de altos valores morais, seria ridicularizado pelo povo, tratado como um imoral, criminoso. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Uma longa experiência em meditação pode mudar suas respostas emocionais


O Ocidente tem se interessado pela meditação desde o tempo dos Beatles, um dos primeiros grupos de astros a se interessar pela prática e trazê-la para cá. Desde então, esse interesse vem sofrendo manutenções que aumentam ainda mais nosso fascínio por ele. 

Uma renovação nesse interesse foi promovida pelo Dalai Lama, que desde sempre manifesta uma mente curiosa, amigável e aberta às investigações científicas sobre as práticas budistas. Nesse sentido, ele vem contribuindo bastante desde as suas próprias explicações em entrevistas e livros até o envio de monges para laboratórios devários países para serem estudados. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deveria o Homem Aranha ser um herói?


Em pleno ano de várias estréias de filmes de super-heróis nos cinemas – como O Espetacular Homem Aranha, que chega hoje as telonas – é bom lembrarmos que suas histórias são mais do que crônicas de ação e aventura. Inicialmente, Stan Lee foi quem introduziu este componente a mais: os questionamentos morais a cerca de o que é um super-herói e o que ele deveria fazer, e desde então essa maneira de fazer quadrinhos nunca mais foi abandonada. 
 Analisando a coisa por esse lado, analisemos o nosso herói aracnídeo. Peter é um adolescente quase chegando à vida adulta, um nerd incompreendido, odiado pelas garotas e humilhado pelos  malandros do colégio, além de ter perdido os pais muito novo. Num mundo real, o que aconteceria se ele adquirisse as habilidades sobre-humanas do Homem Aranha? Talvez, usaria isso em benefício próprio, vingando-se daqueles um dia fizeram pouco dele e, depois, usando-os em favor de si mesmo para ganhar popularidade ou até conseguir algum dinheiro.