quarta-feira, 25 de abril de 2012

Super-Homem: O Homem da Submissão Autoconquistada


“Nenhum homem de dons elevados se agrada com algo inferior ou medíocre. Uma visão de grande conquista o chama e o faz erguer-se.” Sêneca – citada em The Stoic Art of Living

"O herói é o homem da submissão autoconquistada" Joseph Campbell - O Herói de Mil Faces 
O ano de 2012 parece ser dos quadrinhos e de seus fãs. Na próxima semana o tão esperado The Avengers estréia, mas nos próximos meses outros heróis nos aguardam: BatmanThe Dark Knight Rises e, ano que vem, The Man of Steel. São personagens diferentes, com histórias diferentes e personalidades distintas, mas algo que todos podem notar é que os heróis – ou melhor, super-heróis – sempre parecem estar agindo motivados por ideais superiores como o bem e a justiça. Com todos esses filmes vindo por aí, me veio à cabeça que haveria algum ou vários motivos específicos que fizessem com que sujeitos super-poderosos resolvessem lutar por causas morais superiores. No nosso mundo, especialmente em nossa época, está meio difícil encararmos com naturalidade iniciativas desse tipo, já que é frequente as notícias de corrupção na política, isto é, no meio de pessoas que possuem determinado poder e que usam-no egoistamente. Por que deveríamos acreditar, afinal, que alguém como o Super-Homem, por exemplo, faria o bem? Por que o poder não o corrompeu? Ao mesmo tempo poderíamos refletir e concluir que – como alguns de fato fazem – pessoas – mesmo fictícias – como Clark Kent, não podem ser heróis, tão pouco super-heróis, justamente por serem super-poderosas. Então, será que realmente existem razões para chamar essas pessoas de heróis? 

domingo, 15 de abril de 2012

Os Diagnósticos Psiquiátricos Realmente Estigmatizam os Pacientes?


Diagnósticos psiquiátricos parecem estar na moda, é verdade. Até mesmo leigos se arriscam na classificação descompromissada de amigos e familiares. É comum lermos em sites, jornais e revistas, termos como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, psicopatia, psicose e etc. Parece que eles entraram no mundo pop para ficar. Esse fenômeno parece que dá mais força para os críticos do uso dessa terminologia, pregarem que os diagnósticos são os verdadeiros causadores do preconceito e da discriminação dirigida a essas pessoas. Mas será que é mesmo? Hoje, acadêmicos e alunos insistem na militância contra esse sistema de classificação. O mais certo a ser feito seria procurar algum embasamento sólido para essa oposição mas, dentro das universidades parece que se formou uma nova onda de “politicamente correto”, em que é proibido duvidar dos seus efeitos maléficos. É cult e revolucionário ser contra qualquer coisa que tenha origem na psiquiatria, mesmo que não se tenha base alguma para isso. É como duvidar que o aquecimento global é causado por nós, mesmo que dúzias de evidências nos mostre que, no mínimo, devemos rever essa opinião mais criticamente. Mas, enfim, será mesmo que os opositores estão certos em julgar as classificações psiquiátricas como rótulos que servem mais para estigmatizar o doente perante a família e a sociedade?