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Zen |
O budismo sempre foi uma religião que me interessou. Não sei dizer exatamente o motivo, talvez pelo fato de eles não crerem em uma divindade (algo que eu sempre achei complicado de conciliar com uma visão cética) de nenhum tipo, não terem ritos obrigatórios, não serem proselitistas, e de colocarem o próprio sujeito como o vetor de sua própria modificação. O fato é que existe um conjunto de fatores que sempre me agradou na prática budista. Sempre li uma coisa ou outra sobre a história dessa religião mas, agora, resolvi ler mais intensamente sobre o assunto. O resultado é que estou me surpreendendo ainda mais e vendo que muito do que eu achava que já havia entendido, na verdade não entendi ou não compreendi completamente. O estudo e a prática budistas são ótimos, mas o que está no centro da dificuldade envolvida nisso é o fato de estarmos acostumados com as noções religiosas ocidentais das religiões monoteístas. E ultrapassar esse filtro cultural para que possamos começar a compreender profundamente uma outra cultura que diverge em níveis essenciais da nossa é algo bem complexo. Assim, é comum que surjam mal entendidos tanto por parte das pessoas que tentam ler sobre o budismo quanto com relação àquelas que já olham qualquer religião (no caso dos ateus mais radicais) com desprezo e agressividade e àqueles religiosos que acham que a única religião que tem algo a nos dizer de positivo é a sua própria. Nesse meio tempo, li essa nota abaixo no facebook do dono do blog O Calango Abstrato, que fala sobre diversos assuntos, inclusive budismo. Achei o texto muito esclarecedor e fácil de ser entendido, por isso disponibilizo-o aqui. Boa leitura.
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Tenho três amigos com os quais converso com frequência sobre assuntos
dos mais diversos. Um deles é um Ateu Militante. Segundo ele, toda e
qualquer religião é um caminho para a ignorância e nos afasta da ciência
e do avanço da humanidade. Outro é um Pastor Evangélico Calvinista,
para o qual toda e qualquer religião que não seja a dele leva as almas
para o inferno e, por isso mesmo, todos devem seguir sua religião se
quiserem a salvação. O terceiro amigo é um agnóstico hedonista que não
está nem aí para a espiritualidade dos outros, mas faz o possível para
sempre criticar os outros que se portam com um mínimo de autocontrole.
Em suma, são pessoas que não somente acham que todos só serão felizes do
jeito deles, como ainda criam um conjunto de estereótipos acerca do
outro sem nem mesmo procurar entender primeiro.
Daí, posso dizer que todos eles possuem um conjunto de 17 estereótipos padrões sobre o Budismo: