quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Identidade Racial e Linguística

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 Post original do blog Humanismo Brasil

  O texto a seguir é baseado neste artigo do Futurity.org , que fala sobre um estudo da Universidade de Chicago com crianças e grupos raciais, que explora como é feita a divisão em grupos sociais na infância.

O exercício consistia em exibir uma foto de uma criança de determinada cor falando em um idioma (inglês) e depois mostrar duas fotos de adultos, um de cor diferente da criança mas falando o mesmo idioma dela, e outro de mesma cor da criança mas falando outro idioma. Como no exemplo da foto abaixo, um garoto branco falando inglês é exibido, e em seguida um homem negro falando inglês, e depois um branco falando francês. Nunca era mostrado um adulto de mesma cor falando o mesmo idioma da criança.
O teste foi aplicado em 5 grupos de crianças - 5-6 anos brancas, 5-6 anos negras, 9-10 anos brancas, 9-10 anos negras, e 5-6 anos brancas de uma região mais homogênea (com menos negros) - que deveriam então responder a pergunta "com qual dos dois adultos a criança se tornará mais semelhante quando crescer?".
Na faixa etária de 9 a 10 anos, a maioria respondeu que a criança se tornaria mais semelhante ao adulto de mesma cor, mesmo falando outro idioma, tanta para brancos quanto para negros. O mesmo aconteceu com crianças entre crianças negras entre 5 e 6 anos. Porém, as brancas de 5 a 6 anos responderam que a criança da foto se tornaria mais semelhante ao adulto com mesmo idioma, ambas da comunidade mais homogênea quanto da mais heterogênea.
Algumas das conclusões do teste, levando em conta outros estudos que mostram como crianças que fazem parte de minorias são mais conscientes de preconceito e estereótipos, mostra como crianças são observadoras quanto a vocabulário e sotaque de modo que a língua pode ter um papel maior que a etnia na definição das preferências de um indivíduo por outros.
O artigo também apresenta uma alternativa no entendimento de como crianças desenvolvem conhecimento de categorias sociais. Alguns defendem a teoria que categorização ocorre independente da cultura enquanto outros afirmam que as categorias são o resultado da cultura. Os dados apresentados podem ser interpretados como um indício que algumas distinções são formadas no início da infância, enquanto outras como o conceito de raça podem ser altamente variáveis através de grupos sociais e culturais.
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